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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Atitudes que nos afastam de Deus


TEXTO: Sl. 139.7                                                                                              
                                                                               Pr. Everton       06/11/2011                    
INTRODUÇÃO:  Há dois tipos de presença de Deus definida nas Escrituras, uma é a sua onipresença, ou seja, Seu ser em todos os lugares (Sl. 139.7/ Hb. 13.5) ainda que não sintamos, o Senhor está em todos os lugares. A segunda definição de Sua presença é a presença manifesta. A palavra manifesta significa trazer do des­percebido, insólito, ou desconhecido para o visto, audível e co­nhecido. A presença manifesta do Senhor era o que Moisés de­sejava apaixonadamente. Isto é quando Deus se revela não só ao nosso espírito, mas é quando nossa mente e sentidos percebem a Sua proximidade também. É quando o Seu conhecimento é revelado para as nossas mentes. Esta é a presença que Jesus falou quando ele disse, "eu também o amarei e me manifestarei a ele" (Jo 14.21).  Deus pode manifestar sua presença de várias maneiras. Nas Escrituras alguns O viram, outros escutaram a Sua voz sem tê-Lo visto, enquanto outros sentiram sua proximidade e imediatamente sabiam de coisas que nunca haviam pensado antes por causa da Sua revelação. Mas uma coisa é certa, quando Ele vem, você sabe você O irá sentir no mais íntimo do seu ser, e saberá que Ele está lá. Atitudes que nos afastam da Presença de Deus:

1 – QUANDO QUEREMOS SER IGUAIS A DEUS (Is.14.12-14/ Gn.3.4-5): O primeiro ser que quis ser igual a Deus e quis usurpar Sua glória e Seu trono foi Lúcifer. Quando Lúcifer quis ser igual a Deus, criou o diabo. O diabo é um ser tomado de orgulho, se tornou um ser de ego absoluto. O orgulho é próprio daquele que diz: Eu sou o máximo, eu sou tudo! Talvez você diga: Eu não sou orgulhoso, porque eu não me considero o máximo. Mas, você se considera melhor? Você se considera acima? Você se considera mais? Toda vez que você se considera bom, boa, virtuoso, virtuosa, melhor e mais, tenha certeza que não é o Espírito de Deus que está atuando em você é o demônio. Não precisa que exista alguém acima de você, basta que tenha abaixo. Então o “germe luciferiano picou você”.  Nós achamos que temos a força, nós achamos que temos capacidade, nós achamos que podemos ir sozinhos, nós achamos que já sabemos as coisas, nós achamos que já entendemos as coisas. Por isso que a adoração é importante, quando você elogia a Deus, é uma maneira de você vencer a semente do diabo que foi colocado dentro de você, que deseja ser Deus. Mas, então você vai orar e fala: “Deus ao Senhor pertence à força, não pertence a mim, ao Senhor pertence o poder não pertence a mim, ao Senhor pertence sabedoria não pertence a mim, ao Senhor pertence a gloria, não pertence a mim”.

2 – QUANDO TEMOS UMA IMAGEM DISTORCIDA DE DEUS (Ex.32.21-24): Nós podemos ver na vida de Arão o que acontece quando alguém que foi liberto do mundo pelo poder de Deus escolhe não andar na presença Dele. Uma imagem incorreta, desenvolvida, formada, e mol­dada dentro de nossa própria alma ou imaginação. Moisés desceu da montanha. Quando ele entrou no acam­pamento e viu o bezerro, sua ira se acendeu. Ele questionou Arão, "- Que fez este povo, que trouxeste sobre ele tamanho pecado?" "- Saiu este bezerro". Você pode acreditar que ele falou isso? Nós lemos antes que ele trabalhou o ouro com um buril! Ele men­tiu. Arão não subiu até o topo da montanha. Arão havia passado todo o tempo de sua vida, até aquele período, uns oitenta anos no Egito, ele foi criado lá; seus pais nasceram e morreram lá. Ele estava cercado da cultura egípcia, e o Egito tinha muitos objetos de culto. Pelo fato de que Arão não subiu até a montanha e teve comunhão com Deus, nem o contem­plou, como Moisés fez, a imagem de Yahweh foi formada pela sociedade na qual ele cresceu. Arão olhou para o Senhor de longe, e viu os pés de Deus. Mas ele não entrou na presença Dele, como Moisés fez.  Hoje igualmente tem muitos cristãos que tem uma imagem completamente distorcida da pessoa de Deus, ou eles  têm uma imagem teológica equivocada de um Deus completamente passivo ou é influenciado pelas aberrações evangélicas atuais que ele deixa de ser Senhor para ser servo.

3 – QUANDO NOS APROXIMAMOS DELE COM O CORAÇÃO CHEIO E ÍDOLOS (Ex.20.3):  Quando nós tememos ao Senhor nós devemos nos chegar a Ele com um coração neutro, pronto para ouvir Suas palavras de instrução ou correção. Nós não nos inclinaremos para o nosso próprio entendimento ou desejos egoístas, mas apaixonadamente desejaremos Suas vontades.  Quando nos aproximamos do Senhor com fortes desejos que não estão de acordo com Sua vontade e Ele nos faz conhecer isto, pode ser considerado como a coisa mais imprudente e perigosa, pela qual nos pode levar para o próximo nível de decepção, que é um nível mais sério. Este nível de decepção é quando o próprio Deus de fato dará, ou nos permitirá ter, o que nós queremos (Ez. 12.1-2).  O Senhor estava entristecido pelo que o Seu povo veio diante dele para pedir direção, conselho, ou sabedoria, com seus ído­los escondidos dentro dos seus corações. Não está claro se eles estavam completamente cientes disto; no entanto, parece que a verdade estava protegida dos olhos deles. Estes ídolos fizeram que eles tropeçassem na iniqüidade. A palavra hebraica para iniqüidade aqui significa uma ofensa, seja ela intencional ou não, contra a vontade de Deus. Lembre-se idolatria não é limitada no clamar no nome de um deus estranho.
Outra forma de idolatria é redução de Deus a uma imagem menor do que de fato Ele é. E você encontrará a raiz da idolatria na avareza (Cl.3.5). A avareza não é só o desejo pelo dinheiro. Isto in­clui possessões, posição, conforto, aceitação, prazer, poder, luxuria sexual, e por aí vai. Avareza é o estado em que nos en­contramos quando não estamos contentes.






A avareza habita em meio à intranqüilidade e é alimentada pelo desejo incessante. Isto descreve perfeitamente os filhos de Israel quando saíram do Egito. Eles continuaram agarrados àquilo que eles achavam melhor para eles, mesmo quando Deus fez Sua vontade conhecida.  Eles não gostaram do processo que Deus havia escolhido para prepará-los para possuir a terra pro­metida e reclamaram das condições, água, comida, e daí por diante. Eles não possuíam o temor do Senhor, e os seus corações estavam prontos para o cultivo da avareza. Quando Deus se manifestou eles correram para um abrigo esperando se escon­der da verdade e dos seus desejos secretos de prazer e ganho que se sobrepuseram ao desejo pelo próprio Deus. Uma vez que o Senhor e Moisés saíram juntos, o povo foi capaz de formar a Deus em uma imagem de um deus que pode­ria lhes dar seus cobiçados desejos. Interessantemente tudo girou em torno do ouro.  Este amor pelo dinheiro era evidenciado (pela falta do divino contentamento deles em Sua vontade. Eles estavam agora operando na espessa neblina da decepção). A avareza é a raiz de outras formas de idolatria também. Todos os seres humanos foram criados com um desejo inato de adorar a Deus. Ainda assim muitos não se submetem ao verdadeiro Criador.
Então eles erigem um falso deus, mas quem está na raiz deste falso deus? A resposta está naquele que o criou - o homem. Agora o homem adora este fal­so deus que fundamentalmente lhe dá tudo o que ele deseja. Não importa que forma eles tomem, todos os ídolos são uma fonte. Um ídolo é aquilo de onde você tira a sua força ou dá a sua força para. Um crente é levado à idolatria quando ele permite que seu coração seja provocado pelo descontentamento e pro­cure satisfação fora dos desejos de Deus para a sua vida. Nova­mente, o fim da linha é a avareza.

4 – QUANDO TRANSFORMAMOS O PRÓPRIO DEUS EM UM ÍDOLO (Ex.20.4):

 O segundo dos dez mandamentos proíbe a fabricação de ídolos e imagens de qualquer coisa no céu, na terra e embaixo da terra. A proibição inclui o próprio Deus. A inteligência do mandamento diz que qualquer tentativa de reduzir Deus a uma imagem implica transformá-lo em ídolo.
 Deste pecado, entretanto, muitos cristãos são réu de juízo. Deus é transformado em ídolo quando ocupa o imaginário das pessoas como o mais poderoso dentre todos os deuses.
 O monoteísmo afirma que existe apenas um Deus, e não que Deus é o deus mais poderoso. O primeiro mandamento, "não terás outros deuses", não é uma proibição à adoração de outros deuses, mas uma afirmação de que não existem outros deuses. Na verdade, os outros deuses são fabricação da mente humana, isto é, ídolos. Toda vez que Deus é comparado com "outros deuses", mesmo para que seja destacado como o maior e melhor, ele foi reduzido à categoria de ídolo. Deus é único. Deus é transformado em ídolo quando é confinado aos limites de imagens, locais, pessoas, ritos, símbolos, seres ou qualquer outra coisa que dê a Ele uma medida, pois Deus é o Ser-Em-Si, não sujeito a tempo, espaço e modo. Deus é Espírito.
Deus é transformado em ídolo quando se pretende que o relacionamento com ele seja destituído de quaisquer implicações morais, pois isso equivale a atribuir a Deus uma categoria de neutralidade e, portanto, despersonalizá-lo. Deus é Espírito Pessoal. Deus é transformado em ídolo quando o relacionamento com Ele é fundamentado em relações de causa e efeito, pois isso implica confinar Deus às regras de um mecanismo que pode ser ativado ou desativado, e nesse caso se pretende manipular Deus por meio da descoberta dos botões que o fazem funcionar.
 Deus é incondicionado.
Deus é transformado em ídolo quando é submetido a qualquer regra de qualquer ordem. Deus é incontrolável.
Deus é transformado em ídolo quando as expectativas que se tem a respeito dele giram ao redor de questões meramente circunstanciais, pois o reino de Deus não é comida, nem bebida, isto é, Ele não está limitado às questões materiais apenas. Deus é Eterno. Deus é transformado em ídolo quando é submetido a obrigatoriedades determinadas pela conveniência humana, pois Deus deixa de ser um fim em si mesmo e é transformado em meio para um fim maior. Deus é soberano.
Deus é transformado em ídolo quando se torna objeto de discussão, em detrimento de objeto de devoção e paixão. Deus é íntimo.
“A intimidade do Senhor é para os que o temem” (Sl 25:14).

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